2021, das incertezas dos espetáculos aos ansiados regressos na música

O ano começou bem para a música em Viena, na Áustria, com o tradicional Concerto de Ano Novo, sem público ao vivo, mas transmitido para todo o mundo e conduzido pelo maestro italiano Riccardo Muti.
No final do inverno, os Países Baixos foram os primeiros a organizar testes em grande escala para que os concertos pudessem ser realizados na presença do público.
Em maio, tudo estava pronto em Roterdão para acolher o Festival da Eurovisão, onde o voto do público ditou a vitória do grupo italiano Måneskin, num assumido estilo glam rock.
A próxima Eurovisão será realizada em Turim, no mês de maio. Se tudo correr bem.
Entretanto, os fãs de música eletrónica souberam através de um clip de oito minutos no Youtube da separação do enigmático duo francês Daft Punk, após 20 anos a dar cor às pistas de dança.
A despedida vai dar direito a uma digressão de concertos em todo o mundo, a partir de 2022.
Este verão, a maioria dos grandes festivais, sobretudo os maiores, tiveram de ser cancelados. Foi o caso do Sziget na Hungria, ou do Glastonbury, em Inglaterra.
No entanto, o centenário do Festival de Salzburgo foi celebrado em agosto na cidade de nascimento de Mozart, com várias semanas de espetáculos que deram uma lufada de ar fresco aos amantes de música.
Ainda este ano, um dos dramas judiciais da década parece ter chegado ao fim. Após 13 anos de conservadoria paternal abusiva, um tribunal de Los Angeles deu a liberdade a Britney Spears.
Recentemente, um dos grupos europeus mais emblemáticos, os ABBA, regressou com um novo álbum, "Voyage", e o anúncio de um espetáculo virtual, no próximo ano, em Londres.
Os quatro artistas suecos vão estar representados em palco pelos respetivos avatares, e rejuvenescidos 40 anos.
2021 não terminou sem outro regresso, desta vez o de Adele, que neste outono, após seis anos de ausência, voltou com um novo álbum, "30" a bater recordes de vendas, e o anúncio de muitos concertos por vir.