Rápida propagação da variante Ómicron do coronavírus leva ao cancelamento de mais de sete mil voos este Natal. Companhias aéreas queixam-se da falta de pilotos e de pessoal de cabine
A rápida propagação da variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2 tem perturbado seriamente as viagens aéreas em todo o mundo.
Mais de sete mil voos foram cancelados no fim de semana de Natal, esta segunda-feira 700 aviões ficaram em terra.
As companhias aéreas queixam-se da falta de pilotos ou tripulação de cabine.
O especialista em viagens, Simon Calder refere que "o diretor executivo da Delta Airlines, uma das grandes companhias, Ed Bastian pediu ao centro de controlo de doenças que reduzisse o tempo necessário para o isolamento após um caso de Covid porque diz ser impossível gerir uma companhia aérea com pessoas que têm de se isolar durante tanto tempo".
O fenómeno tem tido maior expressão nos Estados Unidos da América. Na Europa, os efeitos têm sido residuais.
Os cancelamentos de voos têm-se verificado essencialmente devido às restrições de viagens impostas pelos Governos.
"Se olharmos para um pequeno aeroporto como o de Grenoble, no Sudeste de França, ontem deveriam ter tido cerca de 1000 pessoas a voar desde o Reino Unido para iniciarem as suas férias de esqui. Tiveram zero porque todos os voos foram cancelados", sublinha Calder.
Segundo a Organização Mundial da Saúde a variante Ómicron do coronavírus, que teve origem na África do Sul, foi já detetada em 110 países.