Filho do antigo chefe da diplomacia da Autoridade Palestiniana passou mais de dois anos nas prisões egípcias e está agora em França.
Foi num clima de alegria que o político palestiniano-egípcio Ramy Shaath chegou este sábado a França, depois de ter passado dois anos e meio numa prisão do Egito, onde enfrentava julgamento por alegadamente conspirar com a irmandade muçulmana para derrubar o governo do presidente Al-Sissi.
Opositor de Mubarak, promotor da Revolução de 2011, depois opositor igualmente da Irmandade Muçulmana e de Sissi, Shaath é uma figura incómoda no Cairo. As autoridades decidiram agora libertá-lo e deportá-lo.
Diz que "mantém a determinação e que vai continuar, insistir na libertação de todos os amigos e camaradas que continuam nas prisões egípcias. Mantém a luta pelos direitos humanos no Egito e por uma Palestina livre",
Ramy Shaath é filho do antigo chefe da diplomacia da Autoridade Palestiniana Nabil Shaath e foi, ele próprio, conselheiro de Yasser Arafat durante os anos 90 e casado com uma cidadã francesa. O presidente francês Emmanuel Macron deu-lhe as boas-vindas e saudou a libertação de Shaath, através de uma mensagem no Twitter.