Rui Rio, a promessa de uma "mudança estável"

Rui Rio, a promessa de uma "mudança estável"
Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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De  Catarina Santana
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O presidente do PSD entrou na campanha às legislativas a defender um governo reformista, sem revoluções programáticas, nem hipótese de uma coligação à extrema-direita.

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Após vários anos como número dois do partido, Rui Rio assume, no início de 2018, a presidência do Partido Social Democrata (PSD) e com ela uma liderança de uma oposição de centro-direita "firme e atenta, mas nunca demagógica, ou populista"ao governo de António Costa.

Conhecido entre os eleitores sobretudo pela presidência da câmara do Porto, cargo que desempenhou por três mandatos até 2013, Rio vê pela primeira vez medido o pulso da popularidade nacional em 2019 quando defronta Costa nas legislativas.

As urnas ditam um segundo lugar e perda de assentos parlamentares para o PSD. Já enquanto deputado, o líder da oposição vê o mandato marcado por uma decisão, a de pedir o fim dos debates quinzenais com o governo, na Assembleia Nacional.

O desempenho à frente do partido voltaria a ser escrutinado em 2021, com as eleições autárquicas. As escolhas nem sempre óbvias e o afastamento dos grandes nomes do PSD pautaram o comentário político, com muitos a antever a derrota de Rio.

Mas o resultado em Lisboa, com uma inesperada vitória do ex-comissário europeu Carlos Moedas e o fim de 14 anos de governo de PS na capital portuguesa, atenuou o tão antecipado desastre eleitoral.

O desfecho, ainda assim, não impediu o eurodeputado Paulo Rangel de desafiar a liderança interna, já com as eleições legislativas antecipadas em vista.

Rio ganha as internas e, com a liderança reforçada dentro do partido, lança-se na campanha eleitoral para ir ao encontro do país.

"Somos um partido reformista, não vamos por isso fazer nenhuma revolução, nem vamos destruir tudo o que os outros fizeram", proclamava o líder social-democrata, em dezembro de 2021, no discurso de encerramento do 39.º congresso do PSD, em Santa Maria da Feira.

As promessas sem espaço para a rutura têm sido abaladas pela possibilidade de uma coligação de governo com a extrema-direita. O cenário, colocado diversas vezes pelos meios de comunicação social e o eleitorado, devido à aproximação do discurso e à necessidade de se sobrepor à esquerda, no parlamento, foi entretanto já descartado por um Rio que se quer manter no centro.

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