Oxfam quer revogação imediata do acordo Itália-Líbia: um fracasso de cinco anos

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Organização Não-Governamental denuncia o desaparecimento de 20 mil migrantes alegadamente levados para centros de acolhimento líbios

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Mais de 20 mil migrantes desapareceram só no ano passado entre os mais de 80 mil intercetados nos últimos cinco anos a tentar atravessar o mar para a Europa e alegadamente levados pela guarda costeira líbia para centros de acolhimento no lado africano do Mediterrâneo.

Um relatório da Oxfam Itália descreve os centros de acolhimento de migrantes na Líbia como células de tráfico de seres humanos controladas por grupos armados e onde se cometem abusos e tortura, inclusive de menores.

Estes alegados crimes serão consequência do acordo de 2017 assinado entre Itália e Líbia, com o apoio da união europeia e que pretendia estancar a migração ilegal e as mortes no Mediterrâneo. Um fracasso, aponta o consultor da Oxfam Itália, Paolo Pezzati.

"O acordo foi assinado com o objetivo de acabar com as mortes no mar e com os traficantes de pessoas. Cinco anos volvidos, podemos dizer que ambos os objetivos do acordo fracassaram. Pedimos que este acordo Itália-Líbia seja revogado de imediato e, ao mesmo tempo, a nível europeu, que Itália possa finalmente trabalhar na melhoria, inclusive do ponto de vista solidário, do Tratado de Dublin", afirmou Pezzati.

O acordo entre Itália e Líbia assinala esta quarta-feira cinco anos, período em que mais de 80 mil migrantes terão sido intercetados no mar e levados para centros na Líbia, e em que oito mil pessoas morreram a tentar atravessa o mar de África rumo à Europa.

O acordo custa cerca de mil milhões de euros aos contribuintes italianos, sublinha a Oxfam, citada pela agência italiana Ansa.

Outras fontes • Ansa

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