Tal como os EUA, França mobiliza tropas para a Roménia
O presidente turco quer interceder para encontrar uma solução entre a Rússia e a Ucrânia. De visita a Kiev, Recep Tayyip Erdogan voltou a propôr a Volodymyr Zelensky acolher conversações bilaterais em solo turco e salientou que defende o princípio da integridade territorial ucraniana, incluindo a Crimeia.
Nas palavras de Erdogan, "a Turquia quer fazer a sua parte na resolução da crise entre dois países amigos e vizinhos no Mar Negro". E, logo a seguir, reforçou mais uma vez a ideia de organizar uma cimeira para apaziguar os ânimos.
Tudo isto se segue ao anúncio de uma nova mobilização militar americana para a Europa. Dois mil soldados americanos vão consolidar os contingentes na Polónia e Alemanha. Outros mil serão mobilizados da Alemanha para a Roménia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que o governo russo "está repetidamente a apelar aos Estados Unidos para travar as tensões na Europa". Segundo Peskov, "infelizmente, os americanos continuam a fazê-lo. Para além de declarações provocadoras, como 'a guerra está a chegar' ou 'o preço a pagar será muito elevado', estão a mobilizar soldados para países europeus próximos da fronteira russa".
O que fazem mais de 100 mil militares russos às portas da Ucrânia é uma questão que continua a não ter uma resposta clara.
No âmbito do reposicionamento estratégico da NATO, a França vai também reforçar a presença de tropas na Roménia, não havendo ainda indicação de quantos soldados serão deslocados.
Ao mesmo tempo, Paris garante que uma coisa não impede a outra e que prossegue a corrida diplomática para evitar uma eventual invasão da Ucrânia.