Macron e Scholz tentam desarmar a bomba russa

Putin e Macron, na conferência de imprensa a seguir ao encontro
Putin e Macron, na conferência de imprensa a seguir ao encontro Direitos de autor THIBAULT CAMUS/AFP
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De Moscovo a Washington, a maratona diplomática tenta travar o pior dos cenários

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Em plena corrida contra o tempo para evitar um conflito em solo europeu, aviões russos e bielorrussos conduziram exercícios militares não longe da fronteira ucraniana. De acordo com o Washington Post, a invasão russa pode mesmo estar iminente. No cenário traçado, Kiev seria tomada em apenas dois dias e poderiam surgir mais de 5 milhões de refugiados.

A resposta mais útil é a de evitar uma guerra e consolidar a confiança.
Emmanuel Macron
Presidente francês

Com a diplomacia em alerta vermelho, Emmanuel Macron foi a Moscovo falar com Vladimir Putin com o objetivo declarado de desarmar a bomba que seria uma eventual ofensiva.

"Entendo que há uma preocupação comum sobre a segurança na Europa. Gostaria de agradecer à França, por participar ativamente na tomada de decisões fundamentais a este respeito. É o que tem acontecido desde o início das nossas relações", declarou o presidente russo no início do encontro.

"Tenho o prazer de ter a oportunidade de um debate profundo sobre todas estas questões e de começar a construir uma resposta concreta, quer para a Rússia, quer para o resto da Europa. A resposta mais útil é a de evitar uma guerra e consolidar a confiança, estabilidade e a visibilidade entre todos", respondeu Macron.

A Alemanha, que tem sido amplamente criticada pelo distanciamento em relação a este assunto, não deixou desta vez a França como única protagonista. A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, esteve em Kiev, onde declarou que defende inequivocamente a integridade territorial da Ucrânia.

Entendo que há uma preocupação comum sobre a segurança na Europa.
Vladimir Putin
Presidente russo

E o chanceler alemão, Olaf Scholz, deslocou-se a Washington para dialogar com Joe Biden. O presidente americano foi elucidativo: caso haja uma invasão russa, o gasoduto Nord Stream 2 deixará de existir, afirmou.

Em modo pré-conflito, vários países da NATO continuam a posicionar-se. O Reino Unido vai enviar um contingente de mais 350 soldados para a Polónia, enquanto a Alemanha reforça em número idêntico a presença militar na Lituânia.

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