Camionistas mantém protesto do "Comboio da Liberdade" no Canadá

Um designer gráfico reformado apoia os camionistas que protestam contra as restrições impostas no país
Um designer gráfico reformado apoia os camionistas que protestam contra as restrições impostas no país Direitos de autor Ted Shaffrey/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Nara Madeira com AP, AFP
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O que se antevia como o final dos protestos de camionistas no Canadá foi, afinal, uma mudança de estratégia.

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O que pareceu ser uma desmobilização da manifestação de camionistas no Canadá, com a retirada dos veículos da ponte Ambassador, em Windsor, que liga o país aos EUA, foi afinal uma mudança de estratégia.

Durante a noite, os protestos intensificaram não só em Otava mas em cidades como Toronto ou Montreal. De acordo com a polícia chegou a haver 4000 pessoas nas ruas. Durante a noite seriam cerca de 180, dizia a mesma fonte.

A circulação no centro da capital canadiana permanecia muito complicada enquanto continua a luta contra a vacinação para a Covid-19, que é obrigatória para os trabalhadores que andam entre os dois países, e outras restrições sanitárias.

Em Toronto, a polícia impediu, uma vez mais que os protestos se descontrolassem, bloqueando estradas e uma autoestrada para impedir que os protestos chegassem ao centro da cidade.

No sábado, agentes da polícia tinham ocupado a referida ponte, que liga Detroit a Windsor, o que levou os manifestantes a retirarem, daquele local, os camiões que bloqueavam as entrada e saídas desta movimentada travessia internacional.

Mas os protestos não pararam, com a chegada de mais pessoas para reforçar as fileiras deste protesto, num frente a frente com a polícia a cerca de dois quarteirões de distância. Não houve confrontos físicos mas a multidão ainda controlava a estrada para a ponte e continuava a não haver circulação rodoviária durante a noite.

Um jornalista de um meio de comunicação social canadiano questionava, nas redes socias, onde andavam os polícias quando um grupo de camionistas continuava a bloquear o centro da cidade.

O primeiro-ministro, Justin Trudeau, afirmava que os manifestantes representam apenas uma "franja" da sociedade enquanto os responsáveis federais e provinciais garantiam não poder intervir, dizendo à polícia o que deve fazer. O chefe do executivo continua a não querer usar os militares neste braço-de-ferro. Ainda assim, garantia que "os postos fronteiriços não podem, e não vão, permanecer fechados e que todas as opções estão sobre a mesa".

Mas o governo central alertava que os bloqueios, que são ilegais, estão a ter um grande impacto no comércio, cadeias de fornecimento e indústria. Com perda colossais para as economias dos dois países.

Na sexta-feira, um tribunal de Otava tinha ordenado o fim dos bloqueios, impondo possíveis multas ou até um ano de prisão aos infratores.

O presidente da câmara desta cidade, Jim Watson, declarou o estado de emergência na semana passada na capital, quando centenas de camiões permaneciam frente aos edifícios do parlamento.

Outras fontes • CBC

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