Manifestantes saem à rua diariamente em várias cidades russas para protestar contra a invasão da Ucrânia apesar da repressão policial
Cresce a contestação na Rússia contra as políticas do presidente russo Vladimir Putin. Cresce também a repressão sobre as manifestações de protesto. Nas contas da OVD-info, uma organização russa independente de direitos humanos, desde 24 de Fevereiro, o dia da invasão da Ucrânia, já foram detidas mais de 6400 pessoas.
Há manifestações diárias em várias cidades por todo o país. Terminam quase todas com a polícia a varrer os espaços e a prender quem apanha no caminho.
De acordo com jornalistas, só esta segunda-feira em São Petersburgo, foram detidas mais de uma centena de pessoas.
Numa tentativa de conter os movimentos organizados, as autoridades russas restringiram o acesso às redes sociais. Nos meios de comunicação social oficiais as palavras "invasão" e "guerra" nunca são utilizadas.
O porta-voz do Kremlin desvaloriza a escala dos protestos. Dmitry Peskov diz que Putin "ouve a opinião de todos", mas sabe "a parcela daqueles que têm um ponto de vista diferente e daqueles que apoiam a necessidade desta operação".