Kremlin trava batalha psicológica contra país vizinho cujo território pertencia à URSS. No terreno, conflito na Ucrânia já provocou a morte de centenas de civis.
PUBLICIDADEOs últimos dias habituaram-nos ao aparato militar russo, mas agora, de Moscovo, chega também uma provocação. Em imagens cedidas pelo ministério da Defesa do Kremlin é visível uma bandeira da União Soviética, numa coluna de tanques alegadamente rumo à Ucrânia.
A guerra é de propaganda, mas também se trava no terreno. Os avanços no Leste e Sul do território ucraniano continuam, apesar de desacelerados por uma resistência inesperada, com o exército local a trazer à tona falhas logísticas entre as tropas russas.
Imagens de satélite revelam no entanto uma atividade militar contínua em Kiev e arredores da capital, bem como alguns danos causados por ataques aéreos.
Os palcos de guerra e destruição há muito extravasaram os alvos militares. Em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, as ruas são testemunhas dos bombardeamentos a zonas residenciais. Os cessar-fogos falharam e a população aguarda pela abertura de um corredor humanitário para poder fugir e receber ajuda
A fatura da guerra está já a ser paga por civis. De acordo com a Agência das Nações Unidas para os Refugiados, até esta terça-feira, pelo menos 516 perderam a vida desde o início do conflito. A contagem, admite ainda a ONU, está muito provavelmente aquém da realidade.
Na fustigada cidade de Mariupol, os números crescentes de vítimas não deixam grande tempo a despedidas. Sob constante ataque da Rússia, corpos de civis e militares ucranianos estão a ser enterrados numa vale comum.