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Fuga de Mariupol

Fuga de Mariupol
Direitos de autor Mykola Osychenko, presidente Mariupol TV
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O diretor executivo da TV Mariupol, Mykola Osychenko conta na primeira pessoa como é viver cercado pelos russos e como foi a saída da cidade

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Cerca de 300.000 pessoas permanecem cercadas pelas tropas russas em Mariupol, na Ucrânia.

A cidade não tem eletricidade, aquecimento ou água corrente.

O diretor executivo da Televisão de Mariupol estava na localidade quando os russos invadiram o país.

Mykola Osychenko conseguiu fugir e refugiar-se em Zaporizhia, na quarta-feira passada (16 de março).

"As pessoas da minha idade quase não comiam nada e bebiam muito pouca água. Em relação aos alimentos e à água, as crianças e os idosos tinham prioridade. Uma família foi levada da zona ocidental da cidade, onde os combates têm sido mais intensos, desde o início, para a nossa casa, que fica no centro. Esta família, que ficou na cave durante cinco dias, não pôde partir porque os combates não pararam cinco dias seguidos. Um homem, uma mulher e um bebé de seis meses. Eles sobreviveram apenas porque a mãe conseguiu amamentar o bebé", conta.

As operações de evacuação não terminaram. Osychenko viu milhares de pessoas a fugirem, em massa, de Mariupol.

"Cerca de 2000 carros deixaram a cidade naquele dia. Havia uma criança em quase todas as viaturas. As pessoas levavam consigo a coisa mais preciosa, e a coisa mais preciosa nem sequer era as suas vidas, mas a vida dos filhos. Estes automóveis circularam pelas ruas da cidade passando, por vezes, pelos cadáveres de civis mortos. Todas estas pessoas tentavam distrair os filhos de alguma forma, "olhem para o sol! Olhem para a mamã e para o papá!' apenas para que as crianças não olhassem para aquilo, apenas para que não vissem os corpos."

Com a comida e os medicamentos a escassearem, a situação em Mariupol torna-se de dia para dia mais desesperante.

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