Trabalhar introduz alguma normalidade na vida dos refugiados. Irina foi recebida na Roménia com a família e já arranjou emprego num restaurante chinês
O número de ucranianos que atravessam a fronteira para a Roménia diminuiu nos últimos dias.
Irina, professora de inglês em Odessa, o seu filho, a avó e uma amiga e o filho chegaram a Bucareste na primeira semana do conflito.
Irina já encontrou um emprego num restaurante chinês.
"É importante porque até me senti melhor quando comecei a trabalhar, porque quando viemos para cá e ficámos aqui... Era tudo perfeito aqui, era confortável, mas sentimo-nos mal... Nós não fazíamos nada. Psicologicamente, era desconfortável", afirma, acrescentando: "Tento esquecer porque é difícil, mesmo quando tenho uma pausa e pego no telefone, claro que abro o Facebook e vejo todas aquelas notícias sobre crianças a morrer, sobre jovens homens a morrer".
Camélia é a senhora que abriu as portas à família de Irina e da amiga e conta: "Eles estavam completamente desorientados. Não falavam. Não sabiam de nada. Durante quase uma semana só saíam de casa quando eu os chamava".
Mais do que ganhar a vida, o trabalho introduz um elemento de normalidade no quotidiano de Irina e da família, uma normalidade necessária para seguir em frente, apesar de tudo o que ficou para trás.