Garantia é dada pelas equipas de resgate, que limpam a cidade e recolhem provas para as investigações em curso
Com um cenário de prédios de apartamentos bombardeados e escombros em Borodyanka, uma cidade na região de Kiev, dezenas de elementos das equipas de resgate trabalham 24 horas por dia para limpar o que sobrou desta cidade. Mas, para além de limpar, estão a recolher provas para as investigações que já estão a decorrer.
Só em Borodyanka foram encontrados mais de 1300 explosivos. Yurii Cehniuk, responsável pela Unidade de Operações Especiais do Serviço de Emergência da Ucrânia, revela que "durante o bombardeamento da cidade, a força aérea usou bombas de 250 e de 500 quilos. As bombas de fragmentação que cobriam a zona, e que já foram neutralizadas, e os lança mísseis foram usados nos bairros em redor."
As autoridades ucranianas estão agora a ser apoiadas por unidades internacionais nesta investigação porque para muitos não restam dúvidas sobre o que se passou e está a passar em muitas cidades do país.
Para Yurii Cehniuk, não há dúvidas.
No terreno estão também a trabalhar organizações não-governamentais como a Truth Hounds. Não querem ser identificados por questões de segurança. Mas explicam como atuam:
"Falamos com pessoas que conheciam outras pessoas que foram levadas como prisioneiras, que foram torturadas e abusadas. Também recolhemos testemunhos acerca da execução de civis."
As provas recolhidas, consideradas confidenciais, são depois catalogadas e enviadas para as autoridades nacionais e internacionais.
O Tribunal Penal Internacional abriu uma investigação logo após o início da invasão, a pedido da Ucrânia e apoiada por 39 países.