Macron e Le Pen demarcam-se em campanha à conquista do eleitorado francês

Macron e Le Pen figuram cartazes durante campanha à eleição presidencial de França
Macron e Le Pen figuram cartazes durante campanha à eleição presidencial de França Direitos de autor Thibault Camus/Copyright 2022 The Associated Press.
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Os dois candidatos à presidência de França vão novamente a votos, este domingo, depois de um resultado próximo na primeira volta das eleições.

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Um a um, os cartazes dos candidatos à presidência de França vão sendo eliminados do espaço público para dar lugar à campanha da segunda volta. O confronto político entre Emmanuel Macron e Marine Le Pen, faz-se à direita, mas o resultado renhido da primeira votação está a obrigar os candidatos a piscar o olho ao eleitorado de esquerda, que ficou sem o candidato do França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, na corrida e que pode vir a ficar em casa no próximo domingo, dia 24 de abril.

Macron quer mais proteção das fronteiras

A poucos dias da ida às urnas, a estratégia de Macron passa por se demarcar da extrema-direita de Le Pen, promovendo, por exemplo, uma reforma do espaço Schengen.

"A imigração que chega a França chega a solo europeu através de Espanha, Itália, Grécia; ou da nossa fronteira oriental - a imigração ilegal, quero dizer. Portanto, temos de proteger melhor as nossas fronteiras, com mais força comum e cooperação entre os nossos governos. A segunda coisa que temos de fazer é acelerar os nossos procedimentos. O nosso inimigo é a lentidão. Quando pessoas que se encontram numa situação irregular, que nunca vão ter asilo no nosso país, que não vão ter documentos, passam meses, por vezes anos, em solo europeu, antes de serem consideradas interditas aqui. Isso é demasiado tempo", afirmou o atual presidente francês e candidato do Republica em Marcha.

Le Pen defende diálogo com a Rússia

Vista por muitos como aliada de Putin, Marine Le Pen não deixa de defender uma "reaproximação estratégica" do Ocidente à Rússia. E aos jornalistas diz até onde está disposta a ir em relação à Ucrânia.

"Sim aos elementos da defesa (enviados para a Ucrânia). Sim, claro, à recolha de informações. Tenho reservas quanto ao envio direto de armas", revelou a candidata do União Nacional.

A voz da extrema-direita ainda na corrida disse ainda que "assim que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia terminar e for concluída com um tratado de paz" se vai pronunciar "a favor de uma reconciliação estratégica entre a NATO e a Rússia, tal como tinha sido previsto no passado".

"É do interesse de França e da Europa, mas também, creio eu, dos Estados Unidos. Porque mesmo que estejam reticentes em relação a uma Europa que se estenda de Lisboa a Vladivostok, não têm qualquer interesse em ver emergir uma união apertada China-Rússia", defendeu.

Na primeira volta das presidenciais, Le Pen ficou a cinco pontos percentuais de Macron, com 23% dos votos.

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