Ciberguerreiros ucranianos coordenam ataques com autoridades

Ciberguerreiros da Ucrânia
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De  Sérgio Ferreira de Almeidaeuronews
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Euronews fala com especialista ucraniano que partilha os métodos utilizados pelos ciberguerreiros e revela que não é preciso conhecimento de informática para se juntar

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Não é só na linha da frente da batalha que se luta na Ucrânia. Milhares de especialistas informáticos juntaram-se desde o primeiro dia da invasão para combater como podem. "Bumblebee", é um especialista em informática que em conversa com a euronews, partilhou os métodos dos ciberguerreiros:

"Os meus amigos, chamemos-lhe assim, estão a lutar na ciberguerra. Fazem reconhecimento, infiltrações na infraestrutura e exploração da rede do inimigo, roubo de documentos, encriptação de ficheiros, destruição de servidores... ações deste tipo."

Este exército cibernético está bem coordenado com as autoridades ucranianas e qualquer pessoa pode integrá-lo. De acordo com "Bumblebee", existem atualmente "cerca de 20... talvez 50 mil pessoas a cooperar diariamente com o ministério da Transformação Digital e com a sua armada informática no Telegram. Publicam alvos e recomendam o uso de uma determinada ferramenta. E também há uma série de pessoas a fazer ataques coordenados. A infraestrutura russa, se não estiver isolada entre quatro paredes, simplesmente cai.

Não é preciso ter conhecimento de informática. Basta descarregar um ficheiro, executá-lo no computador pessoal e está feito, são um ciberguerreiro. Estão a lutar pela justiça e a silenciar a máquina de propaganda russa. Atacamos muitos sites de notícias e de informação ligados ao regime."

O especialista revela que alguns grandes alvos russos já foram atacados:

"Alguém entrou nos servidores da empresa estatal de televisão e rádio da Rússia. Alguém... trata-se de um gigante dos meios de comunicação que abrange todos os órgãos de informação e todos os grupos ligados à difusão de propaganda na Rússia. Todos! Alguém conseguiu entrar na sua rede e roubou 900 gigabytes de e-mails ou documentos...

Como usamos essa informação? Partilhamos com o público. Somos como os "hackers" éticos. Temos algum estatuto mas também temos responsabilidades. Precisamos de usar os nossos talentos para derrotar esta máquina de guerra russa."

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