O uso do novo medicamento oral antiviral da Pfizer foi aprovado após dois ensaios com mais de 3 mil pacientes, mas há ainda alguns problemas por resolver
A Organização Mundial de Saúde recomenda "fortemente" o uso do comprimido anticovid desenvolvido pela farmacêutica Pfizer para "pacientes com sintomas leves ou moderados" da infeção pelo SARS-CoV-2, mas "em risco de hospitalização".
A OMS alerta, no entanto, que "a disponibilidade, a falta de transparência de preço nos acordos bilaterais feitos pelo produtor e a necessidade de testes rápidos e precisos antes de o administrar estão a transformar este medicamento num grande desafio para países de rendimentos baixos e médios".
"O medicamento antiviral oral da Pfizer (uma combinação de comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir) é fortemente recomendado para pacientes com Covid-19 não grave, que correm maior risco de desenvolver doença grave e hospitalização, como para pacientes não vacinados, idosos ou imunossuprimidos", lê-se no comunicado da OMS.
A recomendação da OMS para o uso do denominado Paxlovid no combate à infeção provocada pelo SARS-Cov-2 baseia-se em "dois ensaios ensaios clínicos de controlo aleatório envolvendo 3.078 pacientes".
"Os dados mostram que o risco de hospitalização foi reduzido em 85% após o tratamento. Num grupo de alto risco (com mais de 10% de risco de hospitalização), significa 84 menos hospitalizações por cada 1000 pacientes", detalha a OMS.