Autoridades do Texas acusadas de passividade por não terem travado a progressão do atirador dentro da escola de Robb. Joe Biden exige ao Congresso uma legislação de controlo de armas mais apertada
A polícia do estado norte-americano do Texas está sob intensas críticas após o tiroteio numa escola de Uvalde que fez 21 mortos, 19 eram crianças.
As autoridades são acusadas de passividade, de terem demorado muito tempo a responder ao sinistro e de ninguém ter impedido o jovem de 18 anos de avançar pelo interior da escola básica de Robb.
Segundo um vídeo e vários relatos de testemunhas os pais esperaram mais de uma hora, no exterior da escola, sem que a polícia interviesse quando, Salvador Ramos, levou a cabo o massacre numa sala de aula. "Só depois chegaram unidades de Patrulha de Fronteira dos EUA e "entraram na escola e mataram o suspeito".
O diretor regional do Departamento de Segurança Pública do Texas para o Sul do Texas disse, ainda que "foi noticiado que um agente da polícia do distrito escolar confrontou o suspeito que estava a entrar. Não é exato. Inicialmente, ele entrou livremente. Assim, da casa da avó para a escola, para dentro da escola, ele não foi confrontado por ninguém".
A Casa Branca anunciou que Joe Biden vai a Uvalde no domingo e exige ao Congresso uma legislação de controlo de armas mais apertada.
A porta-voz, Karine Jean-Pierre, sublinhou que "90% dos proprietários de armas apoiam a verificação universal de antecedentes. 84% dos republicanos e 80% dos membros do NRA (Associação Nacional de Armas) apoiam a verificação de antecedentes. Como o Presidente disse esta semana, é hora de transformar esta dor em ação, é hora de o Congresso agir".
Esta não é, no entanto, uma batalha fácil de vencer. O democrata Joe Biden conta com a oposição de 50 congressistas republicanos que há dois anos bloqueiam a lei que prevê que só possam vender armas após verificação de cadastro.
Os Estados Unidos da América são o país com maior percentagem de população armada.
Só este mês de maio, Uvalde foi o terceiro assassinato em massa nos Estados Unidos da América, o 10° desde janeiro.
Em 2021 registaram-se cerca de 700.