O presidente da Ucrânia esteve na região de Kharkiv, onde se inteirou da destruição de mais de 2200 blocos de apartamentos e falou da reconstrução
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy esteve pela primeira vez na região de Kharkiv, desde o início da guerra, e falou de reconstrução.
Zelenskyy ouviu das autoridades locais que as forças russas destruiram mais de 2.200 blocos de apartamentos, tendo as áreas norte e leste de Kharkiv sido particularmente atingidas e disse: "Temos de encontrar algum dinheiro e linhas de crédito. O Estado tem de fornecer garantias, e as cidades têm de encontrar súper projetos e encontrar o dinheiro. Porque nas cidades, os governadores, e os presidentes de câmara são mais propensos a encontrar um ou outro programa europeu para a construção de habitações, alguns programas estatais, e alguns programas locais. Esta é uma oportunidade, uma oportunidade de dar um novo olhar a esses distritos".
Segundo o governador, as forças russas detém ainda 30% da região de Kharkiv, mas as força ucranianas acabaram de reconquistar mais 5%.
A cidade esteve sob fortes bombardeamentos desde o início da invasão, mas a Rússia recentrou agora a sua ação no Donbass onde as cidades de Lyssychansk e Severodonetsk estão sob ataques cerrados.
Em Severodonetsk os combates fazem-se rua a rua com cerca de 12 mil civis ainda na cidade.
Na cidade vizinha de Lyssychansk, na outra margem do rio Siversky Donets, a situação "agravou-se muito", disse o governador da região de Lugansk, Sergei Gaidai.
O exército russo também reivindicou no sábado a conquista da localidade chave de Lyman, um cruzamento entre as principais cidades de Sloviansk e Kramatorsk, na zona ocidental do Donbass.
Mais a sudoeste, as forças russas aproximam-se da cidade de Soledar, a poucos quilómetros de Bakhmut. "A captura de Soledar, seguida da captura de Siversk de Ozerne no norte, seria suficiente para cortar Severodonetsk-Lysychansk a toda a comunicação. As nove brigadas e regimentos ucranianos, ou seja, cerca de um sexto da força-tarefa terrestre ucraniana, ficariam assim encurralados", disse o historiador Michel Goya, à AFP.