Putin diz que envio de armas não muda equilíbrio de forças na Ucrânia

A destruição em Kiev
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Vladimir Putin diz que o sistema norte-americano Himars não altera equilíbrio de forças na Ucrânia, mas ameaça que envio de armas leva a mais bombardeamentos

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A Rússia garante ter destruído veículos blindados fornecidos à Ucrânia por países da Europa de Leste, durante os ataques aéreos deste domingo a Kiev.

Uma informação, entretanto, negada pelas autoridades ucranianas.

O lançamento de mísseis de cruzeiro russos destruiu cinco semanas de calma em Kiev. Várias infraestruturas, como estações ferroviárias, foram atingidas.

Numa entrevista às televisões russas, Vladimir Putin ameaçou o Ocidente afirmando que a Rússia irá atacar novos alvos caso os países ocidentais continuem a fornecer armas à Ucrânia.

"De qualquer forma, toda esta confusão com entregas adicionais de armas tem apenas um objetivo - arrastar o conflito armado o mais tempo possível. Se as entregas (de armas de longo alcance) vierem a acontecer, tiraremos as conclusões correspondentes e utilizaremos os nossos próprios meios de destruição, de que dispomos os suficientes, para atingir os alvos que ainda não tinham sido atingidos por nós", assegura.

Putin afirmou ainda, que o anúncio dos Estados Unidos da América de que vão enviar para a Ucrânia sistemas de foguetes militares de lançamento múltiplo HIMARS com um alcance de até 80 quilómetros não constitui uma mudança do equilíbrio de forças no terreno.

No Donbass, no leste da Ucrânia, intensificam-se os combates pelo controlo de várias localidades.

Russos e ucranianos anunciam ter repelido o inimigo. Em Severodonetsk, o Kremlin diz manter o controlo quase total da cidade, já os ucranianos dizem que não é assim.

O governador de Luhansk, Serhiy Haidai, diz que "De facto, temos tido uma situação difícil (...) Os russos controlavam cerca de 70% da cidade, mas durante os últimos dois dias, eles foram sendo empurrados... A cidade está agora dividida aproximadamente ao meio. Os russos têm, agora, medo de andar livremente pela cidade".

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, morreram mais de 4160 civis, de acordo com o último balanço do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Um número que se estima que seja muito superior. Cerca de sete milhões de ucranianos foram obrigados a sair do país para fugirem da guerra.

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