Boris Johnson leva presente na visita surpresa a Kiev

Boris Johnson faz visita surpresa a Kiev
Boris Johnson faz visita surpresa a Kiev Direitos de autor AFP / Servicio de prensa de la Presidencia de Ucrania
De  Bruno Sousa
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Boris Johnson faz visita surpresa a Kiev um dia depois de Emmanuel Macron e Olaf Scholz terem sido recebidos por Volodymyr Zelenskyy

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Volodymyr Zelenskyy recebeu esta sexta-feira uma visita surpresa de Boris Johnson, um dia depois de ter recebido os líderes das maiores economias da União Europeia. O primeiro-ministro britânico chegou à capital ucraniana com um presente, um plano para treinar dez mil soldados ucranianos no Reino Unido, país que se assume com um dos principais aliados de Kiev.

Boris Johnson, que já tinha efetuado uma visita inesperada à capital ucraniana no dia 9 de abril, prometeu desta vez "continuar, como desde o início, a fornecer o equipamento militar que necessitam e a formação necessária para que o povo ucraniano e as Forças Armadas da Ucrânia consigam aquilo que todos desejam no país, que é expulsar os invasores."

Enquanto o chefe de governo britânico e o chefe de Estado ucraniano se encontravam em Kiev, as forças russas prosseguiam a ofensiva na região do Donbass, onde apesar dos bombardeamentos diários, ainda há quem resista e se recuse a partir.

Anatolii Stankevych é um habitante de Adamivka e deixa bem clara a sua posição: "Não vou a lado nenhum. Não faz sentido ir embora. Em primeiro lugar, não tenho dinheiro, e em segundo, como é que posso ir? Não quero ir para qualquer lado e dormir na rua. Aqui tenho alguma terra, onde cultivo algumas coisas. Não, não vou a lado nenhum."

O ponto mais delicado do conflito, atualmente, está em Severodonetsk, particularmente na fábrica de Azot. Enquanto as autoridades ucranianas dizem que a evacuação é impossível devido aos bombardeamentos constantes, as milícias separatistas afirmam que alguns soldados que se refugiavam no complexo fabril se começaram a render.

Esta sexta-feira, as autoridades russas anunciaram ainda ter morto perto de dois mil mercenários estrangeiros que combatiam na Ucrânia, entre os quais 19 portugueses.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal já reagiu, afirmando ter conhecimento de sete cidadãos nacionais a combater de forma voluntária na Ucrânia, sendo que não tinha registo de qualquer morte.

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