Indústria dos transportes aéreos prevê regresso aos lucros em 2023

Willie Walsh, diretor-geral da IATA
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A Indústria dos tansportes aéreos, esmagada pela pandemia, prevê o regresso à rentabilidade já em 2023, impulsionada pela crescente procura de voos

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Após dois anos de uma crise sem precedentes provocada pela Covid-19, a indústria dos transportes aéreos deverá regressar à rentabilidade no próximo ano.

Esta é a previsão da Associação Internacional de Transportes Aéreos, que na segunda-feira, na sua 78ª reunião geral anual em Doha, afirmou que as companhias aéreas ressurgiram "mais magras, mais rijas e mais ágeis".

O presidente da Associação Internacional de Transportes Aéreos disse em Doha: "Tudo o que vemos aponta para uma perspetiva positiva para a indústria. Estamos a ir na direção certa. As companhias aéreas estão a ir bem, reconstruindo as receitas, mantendo os custos sob controlo. E, como disse, mesmo perante um dos aumentos mais significativos do preço do petróleo, ainda conseguimos prever uma redução das perdas no ano em curso e contamos por regressar à rentabilidade a nível da indústria".

As previsões apontam para que as perdas da indústria desçam para 9,7 mil milhões de dólares este ano, uma "enorme melhoria" face aos 137,7 mil milhões em 2020 e 42,1 mil milhões em 2021.

Willie Walsh acrescentou que "não está preocupado" com o atual ambiente de procura e oferta. "As companhias aéreas são resilientes. As pessoas estão a voar em números cada vez maiores. E a carga está a ter um bom desempenho num cenário de crescente incerteza económica", disse.

Adiantou ainda que se espera que os passageiros aéreos atinjam 83% dos níveis pré-pandémicos este ano e que o regresso da indústria aeronáutica ao lucro esteja "ao alcance" em 2023, apesar da incerteza contínua.

A indústria da aviação foi esmagada pela pandemia, com o número de passageiros a descer 60 por cento em 2020 e a permanecer nos 50 por cento em 2021. As companhias aéreas perderam quase 200 mil milhões de dólares em dois anos.

Enquanto algumas empresas do setor faliram, outras - apoiadas frequentemente pelos Estados - emergiram da pandemia com os lucros intactos.

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