Bloqueio de portos na Ucrânia sem solução à vista

Soldado russo guarda porto de Mariupol, Ucrânia, durante crise de cereais
Soldado russo guarda porto de Mariupol, Ucrânia, durante crise de cereais Direitos de autor AP/Copyright 2022 The Associated Press.
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Presidente Volodymyr Zelenskyy diz faltarem garantias contra futuros ataques da Rússia. União Europeia estuda alternativas para a exportação de cereais.

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Com toneladas de cereais retidas nos portos ucranianos, o Ocidente e Volodymyr Zelenskyy não hesitam em apontar o dedo à Rússia. Por videoconferência, o presidente ucraniano dirigiu-se, esta segunda-feira, aos membros da União Africana a quem disse estarem a se reféns da estratégia de Moscovo. 

"Complexas negociações a vários níveis" para desbloquear a exportação de trigo e milho mantêm-se, até agora sem quaisquer resultados, "porque ainda não foi encontrada nenhuma ferramenta real que nos dê garantias contra futuros ataques russos", reconheceu já Zelenskyy. 

Sem caminhos de ferro adaptados à exportação, Ucrânia e União Europeia tentam encontrar alternativas de transporte por terra.

Uma das opções pode vir da Hungria, que ofereceu o território para uma possível rota para a exportação dos cereais ucranianos.

Peter Szijjarto, ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros, revelou que Budapeste propôs "que a exportação de cereais da Ucrânia, destinados quer ao Norte de África, quer ao Médio Oriente, passe pela Hungria", oferecendo "de forma gratuita capacidade de expedição e capacidade logística".

Ucranianos regressam a Kramatorsk

Entretanto, no Donbass, a vida prossegue. Em Kramatorsk vai-se tomando como possível as rédeas do dia-a-dia. 

Apesar do trauma do bombardeamento de há dois meses e de as bombas caírem a apenas 50 km de distância, na cidade de Severodonetsk, vários habitantes começam a regressar.

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