Aliança Atlântica redefine estratégia e reforça posições no flanco Leste

Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em conversa do Presidente dos EUA, Joe Biden
Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em conversa do Presidente dos EUA, Joe Biden Direitos de autor Bernat Armangue/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
De  João Peseiro Monteiro
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Aliança Atlântica convida Finlândia e Suécia e reforça flanco oriental. Russa é definida como nação agressora. NATO olha também para a margem sul do Mediterrâneo e vai investir mais na inovação

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Madrid viu renascer uma NATO que há poucos anos muitos votavam ao desaparecimento. Na cimeira que a capital espanhola acolheu desde quarta-feira, Os dirigentes dos 30 países que compõe a Aliança do Tratado do Atlântico Norte redefiniram objetivos, na sequência da guerra que a Rússia desencadeou na Ucrânia.

Concordámos em fornecer um apoio de longo prazo à Ucrânia
Jens Stoltenberg
Secretário-Geral da NATO

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, resumiu as principais decisões.

"Concordámos em convidar a Finlândia e a Suécia para integrar a nossa aliança, e em fornecer um apoio de longo prazo à Ucrânia. Definimos um novo conceito estratégico, uma maior ambição na luta contra a mudança climática e estabelecemos um novo fundo de inovação de mil milhões de euros."

O novo conceito estratégico define a Rússia como um país agressor e a China como uma nação que tenta contrariar a ordem internacional.

Incluímos uma menção específica ao sul, em particular à zona da África Subsaariana e do Sahel
Pedrp Sánchez
Primeiro-Ministro de Espanha

Mas há outras novidades como referiu o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez:

"Incluímos uma menção específica ao sul, em particular à zona da África Subsaariana e do Sahel, uma das maiores preocupações para a Europa e em particular para o nosso país, como consequência da instabilidade e dos riscos derivados como os fluxos irregulares de migrantes, o terrorismo, a crise alimentar, a crise energética e também a emergência climática."

Esta cimeira marca também o "regresso" dos Estados Unidos à Europa, como afirmou Joe Biden aquando da sua eleição para a presidência:

"Os Estados Unidos estão a fazer exatamente o que eu disse que fariam se Putin invadisse a Ucrânia: reforçar as posições na Europa. Vamos colocar mais navios em Espanha, mais defesa aérea em Itália e Alemanha, mais F35 no Reino Unido e fortalecer o nosso flanco oriental, um novo quartel-general permanente para o 5.º Corpo do Exército na Polónia."

Os Estados Unidos estão a fazer exatamente o que eu disse que fariam se Putin invadisse a Ucrânia
Joe Biden
Presidente dos EUA

As forças americanas deverão passar de 80 mil para 100 mil militares no futuro.

Outra grande transformação é o aumento do número de efetivos da Força de Reação Rápida dos 40 mil para os 300 mil a partir do próximo ano.

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