ONU, Rússia e Ucrânia próximas de acordo nos cereais

Encontro na Turquia entre ONU, Rússia e Ucrânia
Encontro na Turquia entre ONU, Rússia e Ucrânia Direitos de autor Ministère turc de la Défense via AP
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O acordo permitiria a exportação de cereais ucranianos retidos em portos no Mar Negro assim como a exportação de cereais e fertilizantes russos

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Funcionários turcos afirmam que um plano para desbloquear exportações de grão ucraniano e para autorizar a Rússia a exportar grão e fertilizantes será assinado ainda esta sexta-feira em Istambul.

O gabinete do presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse que o secretário-geral da ONU, António Guterres, estará presente na cerimónia juntamente com funcionários da Rússia e Ucrânia.

"O que estamos a tentar fazer é ter um acordo que permita que os alimentos e fertilizantes ucranianos e russos cheguem aos mercados globais. Como sabem, temos salientado durante muitos meses, a gravidade da crise alimentar em todo o mundo, e esta é uma componente importante dessa crise, é preciso resolver isto” (...) "Bem, a situação permanece um pouco fluida, por isso não posso dizer realmente quando é que algo será assinado" admitiu o vice porta-voz do secretário-geral da ONU, Farhan Haq.

Do lado norte-americano, o departamento de estado reagiu com ceticismo às notícias e sublinhou que tudo depende da implementação.

"O facto é que, até à data, a Rússia tem usado alimentos como uma arma durante este conflito. Destruíram instalações agrícolas. Impediram que milhões de toneladas de cereais ucranianos chegassem àqueles que deles necessitavam. Como já disse, saudamos o anúncio deste acordo em princípio. Mas aquilo em que nos estamos a concentrar agora é responsabilizar a Rússia pela implementação deste acordo e por permitir que os cereais ucranianos cheguem aos mercados mundiais", sublinhou Ned Price, porta-voz do departamento de estado dos EUA.

A ONU está a trabalhar num plano que permitiria à Ucrânia exportar milhões de toneladas de cereais de momento retidos em portos no Mar Negro,uma medida que poderia aliviar uma crise alimentar global que fez disparar os preços do trigo e de outros cereais. 

Pelo menos 22 milhões de toneladas de grão estariam retidos devido à guerra.

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