António Guterres: "Esta guerra tem absolutamente de parar"

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De  Euronews
António Guterres na Moldávia
António Guterres na Moldávia   -  Direitos de autor  Aurel Obreja/AP

No segundo dia da visita à Moldávia, o sectretário-geral da ONU encontrou-se com refugiados ucranianos e agradeceu àquele que considera "um pequeno país com um grande coração" ter aberto as portas a quase meio milhão de pessoas.

António Guterres voltou a apelar ao fim da guerra.

"Esta tragédia demonstra que a guerra é uma coisa insensata e que esta guerra tem de parar. Não há solução militar para os problemas que enfrentamos. Precisamos absolutamente de parar esta guerra e precisamos absolutamente que o Direito Internacional prevaleça", afirmou.

A guerra está a ter um impacto devastador na economia moldava, com cadeias de abastecimento quebradas, falta de combustíveis e os preços dos alimentos a subirem rapidamente. A isto junta-se o conflito na Transnístria com os separatistas russos.

O scretário-geral das Nações Unidas agradece a generosidade da Moldávia e pede apoio para este país, economicamente frágil que, em proporção à dimensão da sua população, tem recebido o maior número de refugiados ucranianos desde o início da invasão russa.

António Guterres salientou que, como a Moldávia,  outros países vizinhos já estão a debater-se com as ramificações socioeconómicas desta guerra que vem juntar-se à pandemia da Covid-19 e à recuperação global desigual.

Face a estas e outras preocupações prementes, o chefe da ONU exortou Kiev e Moscovo a "intensificarem os esforços diplomáticos através do diálogo para alcançar urgentemente uma solução negociada, em conformidade com o direito internacional e a Carta das Nações Unidas", e apelou aos parceiros regionais e internacionais para apoiarem este processo "no interesse da estabilidade global".

"O impacto da guerra na Ucrânia em toda a região e no mundo é profundo e de grande alcance". As consequências da escalada são demasiado assustadoras para serem contempladas", afirmou, sublinhando: "A invasão russa da Ucrânia tem de parar". As armas têm de ser silenciadas".