Explosão de 2020 provocou mais de duas centenas de mortes, libaneses exigem justiça para as vítimas
Dois anos depois, a explosão no porto de Beirute voltou a causar danos. Parte do silo de 48 metros colapsou na sequência de um incêndio que se tem vindo a arrastar há várias semanas, provocado pelo calor e pela fermentação dos cereais que permanecem no local. Teme-se que o edifício venha a ruir por completo, parte da estrutura já tinha desabado no domingo.
O colapso desta quinta-feira aconteceu pouco antes de centenas de pessoas se terem juntado nas imediações do porto de Beirute para assinalar o segundo aniversário da tragédia e exigir justiça para as vítimas da explosão que matou mais de duas centenas de pessoas e provocou mais de seis mil feridos.
O juiz libanês que tem liderado a investigação ao incidente já acusou quatro membros do governo de homicídio e negligência resultante em várias mortes mas nenhum deles foi detido e dois dos acusados, que se recusaram a cooperar com a investigação, foram mesmo reeleitos para o Parlamento em maio.
O poder local recusa levantar a imunidade parlamentar dos acusados e tem ainda ignorado todos os apelos para a realização de uma investigação internacional.