Receios de uma nova guerra entre Israel e a Faixa de Gaza

A tensão volta a subir entre Israel e a Faixa de Gaza. As sirenes voltaram a soar em Telavive, este sábado, por causa dos roquetes lançados pela Jihad Islâmica. Os líderes da Jihad, que dirigem o território palestiniano com o Hamas, dizem que é a resposta aos ataques do exército israelita.
Tariq Selmi, porta-voz do movimento Jihad Islâmica diz: "Foi um ataque traiçoeiro, em resposta ao ataque à "Saraya Al Quds" - a ala armada do Movimento Jihad Islâmica - no centro dos territórios ocupados, para garantir que a ocupação pagaria por este crime e que o ataque não ficaria impune. A ocupação é totalmente responsável por esta situação".
No ataque israelita, no centro de Gaza, foi morto o comandante das brigadas al Quds, o braço armado da Jihad Islâmica que dirige o território juntamente com o Hamas.
O ministro israelita da Defesa, Benny Gantz, diz que os raides israelitas vão continuar: "Frustrámos e continuaremos a frustrar os terroristas que planeiam lançar foguetes e munições guiadas de precisão de Gaza para Israel. Atingimos dezenas de instalações terroristas utilizadas pela Jihad Islâmica para a produção e lançamento de roquetes".
Os sucessivos ataques israelitas mataram 11 pessoas em Gaza, entre as quais uma menina de 5 anos.
Os observadores temem que possa estar a desenhar-se uma nova guerra israelo-palestiniana.
A mediação egípcia, ajudada pelo Qatar e pelas Nações Unidas tenta evitar este cenário.
Israel diz que destruiu locais de fabrico de armas, rampas de lançamento de roquetes e pontos de observação da Jihad Islâmica e que não negoceia, para já, nenhum cessar-fogo.