Morte de bebé em centro de receção de migrantes, nos Países Baixos, levanta questões sobre a forma como são acolhidas estas pessoas no país.
As autoridades dos Países Baixos estão a investigar a morte de um bebé de três meses no principal centro de requerentes de asilo do país, em Ter Apel. Instalações sobrelotada e onde se vive em "condições desumanas", como reportavam organizações não-governamentais.
Nicole van Batenburg, da Cruz Vermelha, explicava que em comparação com a primeira vez em que esteve naquele local muita coisa mudou. "A atmosfera é diferente. Está a ficar muito sujo. Há muito lixo no chão. Quando se passa pelas casas de banho cheira muito mal", referia, "uma situação horrível, desagradável para as pessoas e certamente perigosa", concluia.
Na noite de quarta para quinta-feira centenas de pessoas dormiram ao relento no exterior da referida infraestrutura. Judith Sargentini, dos Médicos Sem Fronteiras, comparava a situação àquela que se vive nas ilhas gregas. Dois países da União Europeia, "uma vergonha", sobretudo porque se trata dos Países Baixos. Referia ainda que quando há 700 pessoas a dormir na rua, à noite, isso significa que não se está a fazer o suficiente: "o que fazemos não chega", frisava.
Os Médicos Sem Fronteiras têm agora uma equipa, no local, pronta para apoiar estes requerentes de asilo, já que a falta de locais de acolhimento é um problema grave no país.