Adalberto Costa Júnior explica que neste momento o que está em causa é o número de mandatos que a Comissão Eleitoral lhe atribui e não necessariamente a vitória do MPLA.
Em Angola, o líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, explica que, neste momento, o que está em causa é o número de mandatos que a Comissão Nacional Eleitoral lhe atribui e não necessariamente a vitória do MPLA.
"Nós não estamos a dizer que não reconhecemos a derrota, mas estamos a dizer que não reconhecemos os resultados provisórios que a Comissão Nacional Eleitoral pôs cá fora", começou por dizer o líder do principal partido da oposição.
Adalberto Costa Júnior defendeu depois ter provas de que os resultados conferem mais mandatos à UNITA.
De acordo com os resultados provisórios, anunciados pela Comissão Nacional Eleitoral, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) ganhou as eleições gerais com 51% dos votos, o que lhe confere 124 mandatos. Já a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) conquistou 44% da votação, o equivalente a 90 assentos.
"A CNE também não pode desvincular-se daquilo que ela própria produziu. São atas assinadas por toda a gente. São documentos formais, não da UNITA, mas da Comissão Nacional Eleitoral. Assim, não é possível em circunstância alguma a CNE refutar-se a assumir o resultado do voto", acrescentou o líder da oposição.
Após a Comissão Nacional Eleitoral anunciar os resultados definitivos, os partidos têm 72 horas para apresentar recursos ao Tribunal Constitucional, que tem o mesmo número de horas para responder.