Protesto em frente ao Ministério da Justiça em Beirute tem como pano de fundo profunda crise económica no Líbano
Manifestantes protagonizaram momentos de tensão com as forças de segurança em frente ao Ministério da Justiça do Líbano, em Beirute, num protesto pela libertação de dois homens detidos na semana passada no que as autoridades classificam de um "assalto" a um banco.
Os dois forçaram a entrada numa sucursal para ajudar uma mulher a retirar as poupanças para pagar o tratamento da irmã contra um cancro.
Fatma Khalil, irmã de um dos detidos, explica que estão "à espera de respostas", acrescentando que há uma "obstrução" da Justiça e que espera que os juízes tomarão "uma boa decisão".
Outro manifestante afirma que veio para "demonstrar o apoio" com os detidos, que considera "vítimas do sistema bancário, que destruiu a vida e poupanças de todos os cidadãos libaneses, todos aqueles que tinham dinheiro nos bancos".
O protesto coincidiu com a visita de uma delegação do Fundo Monetário Internacional a Beirute. O FMI considera que o governo libanês tem feito pouco para implementar o plano estabelecido para tentar levantar o país da pior crise económica da sua história moderna, largamente atribuída à corrupção e má-gestão da classe dirigente.
A maior parte dos bancos mantinham, esta terça-feira, as portas fechadas, depois de várias agências serem alvo de assaltos por partes de clientes em cólera.