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Cresce indignação pela morte de jovem iraniana

As manifestações de protesto pema morte de Mahsa Amini chegaram também à capital iraniana
As manifestações de protesto pema morte de Mahsa Amini chegaram também à capital iraniana Direitos de autor  AFP
Direitos de autor AFP
De Teresa Bizarro com Agências
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Pelo menos três pessoas morreram nas manifestações de protesto. ONU condena a repressão e pede investigação imparcial e independente

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Pelo menos três pessoas morreram durante os protestos pela morte de uma jovem iraniana, detida pela polícia dos costumes. Os protestos começaram nas redes sociais e estão desde sábado nas ruas, sobretudo no Curdistão iraniano, terra natal de Mahsa Amini.

A jovem tinha 22 anos e foi detida a 13 de Setembro em Teerão por não cobrir completamente o cabelo. Morreu três dias depois, após entrar em coma.

As Nações Unidas manifestam "preocupação com a morte sob custódia de Mahsa Amini e com a reacção violenta das forças de segurança às manifestações".

Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a morte de Amini e as alegações de tortura devem ser alvo de uma investigação "imparcial" e "independente".

Salvattore Di Nolfi/ KEYSTONE via AP
Uma pessoa coloca uma flor diante de um retrato de Masha Amini durante uma manifestação de protesto em frente às Nações Unidas, em Genebra, Suíça Salvattore Di Nolfi/ KEYSTONE via AP

Um representante do líder iramniano Ali Khamenei visitou a família de Mahsa Amini na segunda-feira. Momento em que, sem apresentar detalhes, garantiu que "serão tomadas medidas".

De acordo com a lei iraniana, as mulheres tem de cobrir o cabelo em público. Estão também proibidas de usar casacos acima do joelho, calças apertadas ou rasgadas e roupa de cores vivas.

Masha Amini entrou em coma após a sua prisão e morreu a 16 de Setembro no hospital, de acordo com informações da televisão estatal e da sua família. Activistas dizem que Amini sofreu um ferimento na cabeça enquanto esteve sob custódia. A polícia iraniana rejeitou as acusações e abriu uma investigação.

A morte da jovem mulher desencadeou uma onda de contestação no Irão, onde os protestos eclodiram no sábado no Curdistão, depois em Teerão e noutras partes do Irão.

Na terça-feira, o governador do Curdistão, Ismail Zarei Koosha, citado pela agência noticiosa Fars, relatou "três mortes" durante as manifestações em várias localidades da província, sem especificar uma data.

Pressão interna e externa sobre o governo iraniano

À margem da Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, o presidente francês reuniu-se com o homólogo iraniano.Emmanuel Macron disse que tinha insistido com Ebrahim Raisi na necessidade "do respeito dos direitos das mulheres" no Irão.

A morte de MAhsa Amini também suscitou críticas de altos funcionários iranianos da polícia dos costumes, oficialmente conhecida como Gasht-e Ershad, ou "patrulha de orientação".

No parlamento, o deputado Jalal Rashidi Koochi, declarou que a polícia dos costumes "causa danos ao país" e há quem peça a revisão do estatuto desta autoridade ou mesmo a sua abolição.

"A fim de evitar a repetição de tais casos, os métodos utilizados por estas patrulhas de orientação (...) devem ser revistos", disse Mohammad Bagher Ghalibaf, um outro parlamentar, à agência oficial IRNA.

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