Armas, Amazónia e Covid-19 marcaram mandato de Jair Bolsonaro, um político com quase très décadas de experiência nos corredores de Brasília.
Jair Messias Bolsonaro não era um recém-chegado à política brasileira quando venceu as presidenciais de 2018.
Deputado federal pelo Rio de Janeiro desde 1990, pronunciou o lema de uma campanha presidencial vitoriosa ao votar pela destituição da presidente Dilma Roussef em 2016:
No início da campanha Bolsonaro levou uma facada que, apesar do mal físico que lhe causou, acabou por beneficiá-lo eleitoralmente.
Apoiado pelas igrejas evangélicas, Bolsonaro chega ao Palácio do Planalto e o Brasil faz uma viragem radical à direita.
No primeiro mês de governo assina um decreto que flexibiliza a posse de armas de fogo. A sua visão sobre o recurso ao poder letal para defesa pessoal e serviço das forças da ordem foi sempre claro.
Ao nível económico Bolsonaro aplicou uma política neoliberal. Favoreceu as indústrias extrativas e da agropecuária e desvalorizou a emergência climática.
O mandato de Jair Bolsonaro fica também marcado pela forma como o governo federal respondeu à pandemia de Covid-19.
Uma doença à qual Bolsonaro não deu grande importância.
O Brasil acabou por se tornar o segundo país com maior número de mortes, acima de 686 mil, só ultrapassado pelos Estados Unidos.
O nome Bolsonaro já ganhou um lugar na história do Brasil neste primeiro quartel do século XXI, independentemente do resultado das eleições. Além de assegurar uma continuidade geracional na política com os seus filhos, a corrente ideológica que representa no seio da população brasileira veio para ficar.