Rússia retalia contra ataque na Crimeia

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De  Oleksandra Vakulina  & Euronews
Vladimir Putin, presidente da Ucrânia
Vladimir Putin, presidente da Ucrânia   -  Direitos de autor  GAVRIIL GRIGOROV/AFP

A Rússia lançou uma onda massiva de bombardeamentos contra cidades da Ucrânia em resposta a um ataque à Ponte de Kerch, que liga a Rússia à Crimeia anexada.

O Presidente russo, Vladimir Putin, assumiu a autoria dos ataques contra uma série de locais, mais uma vez culpando a Ucrânia pelo ataque à Ponte de Kerch, descrevendo-o como um "ato de terrorismo".

Mísseis e drones russos tiveram como alvo cidades em toda a Ucrânia, mais de uma dezena de localidades, de este a oeste do país.

Durante a manhã de segunda-feira, mais de uma dúzia de explosões foram ouvidas em Kiev. Muitos dos bombardeamentos atingiram o centro da capital do país.

Estes ataques são os primeiros a atingir Kiev com mísseis, desde 26 de Junho.

Denys Shmyhal, primeiro-ministro da Ucrânia, disse que várias infraestruturas estratégicas em oito regiões e na capital, ficaram danificadas pelos ataques russos.

De acordo com o Comandante-Chefe das Forças Armadas Ucranianas, Valerii Zaluzhnyi, até às 11 da manhã, hora local, a Rússia disparou 75 mísseis contra a Ucrânia, dos quais 41 foram abatidos pelas defesas anti-aéreas.

De acordo com a mais recente atualização do Ministério da Defesa do Reino Unido, os ataques surgem no seio de "pressões sobre as forças russas" nas regiões nordeste e sul,

O Reino Unido acrescenta ainda que Moscovo tem dado "alta prioridade" às operações perto da cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, e que, na última semana, as tropas russas avançaram 2 km, em dois eixos, em direção à cidade 

Os esforços contínuos da Rússia para progredir estão a desgastar a ofensiva no Donbass, já sob ameaça nos flancos. A atual situação militar do exército russo demonstra não só a importância de alcançar o sucesso operacional, mas também como a inflexibilidade das operações tem minado os planos de Moscovo até agora.