A ONG Friedensdorf International já tratou mais de duas mil crianças angolanas. "Aldeia" na Alemanha junta crianças de várias nacionalidades
Uma infeção óssea juntou Carlos e Evadula na Alemanha. O jovem angolano passou dois anos na sede da ONG Friedensdorf International mas agora regressa a casa. Além dos tratamentos gratuitos, os dois jovens partilharam experiências pessoais.
Carlos levou muitas histórias do Afeganistão na bagagem, neste regresso tão aguardado pela família. Esta foi a segunda estada de Carlos na Alemanha. Há cinco anos partiu pela primeira vez e voltou a casa ao fim de um ano. Um par de anos depois regressou à Europa para concluir o tratamento.
Com o regresso de Carlos e de mais 40 jovens angolanos abriu-se a oportunidade para igual número de crianças fazerem a viagem no sentido contrário.
“As madrinhas, os padrinhos, as mãe, os pais tutelares é que nos ajudam a identificar as crianças nos mais recônditos pontos do nosso país, nas aldeias, nas ombalas. Depois elas são selecionadas e são triadas a nível dos serviços de saúde nas províncias” – explica a vice-presidente da ONG angolana Kimbo Liombembua, Faustina Sousa.
O número de vagas é insuficiente para todos quantos buscam tratamento na Alemanha. Para quem fica em Luanda, os médicos da ONG prometem continuar a ajudar, embora à distância.
A maioria das crianças que viajou para a Alemanha sofre de osteomielite. O tratamento desta infeção óssea é uma das prioridades da ONG alemã que promove tratamentos gratuitos em países em crise ou muito pobres. Perto de 2500 crianças angolanas já beneficiaram deste projeto.