A última lagoa de água doce de Doñana secou

Uma das zonas húmidas mais importante da Europa está com falta de água. A última lagoa de água doce de Doñana secou. De um total de 3 mil classificadas, 60% desapareceram completamente e estão cobertas de vegetação. Os animais estão a morrer porque não têm onde beber. Carmen Díaz há muito que tem vindo a alertar para o perigo.
É um ponto de paragem essencial para as aves migratórias rumo ao norte da Europa ou de África, algumas estão em perigo de extinção. O último censo das aves migratórias contou quase 88 mil exemplares, quando a média é de 470 mil.
Para além da falta de chuva, a extração de água para uso agrícola e humano é uma causa direta do estado deste local classificado como Reserva da Biosfera e Património Mundial.
Os agricultores tiveram de gastar até 8 mil euros durante três meses para evitar que os animais morressem à fome.
Os cientistas que trabalham em Doñana insistem que sem a poupança de água, sem medidas para retardar as alterações climáticas ou sem a criação de reservas artificiais de água, o prognóstico é claro.
Se Doñana continua a ser uma fonte de vida ou se se vai transformar num ecossistema empobrecido, vai depender das instituições com poder de decisão.