Ministro das Finanças promete execução atempada dos fundos europeus

Ministro das Finanças de Portugal, Fernando Medina, deefende maior articulação na UE ao nível orçamental
Ministro das Finanças de Portugal, Fernando Medina, deefende maior articulação na UE ao nível orçamental Direitos de autor Cleared
Direitos de autor Cleared
De  Isabel Marques da Silva
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Fernando Medina disse compreender as recentes palavras do Presidente da República mas diz que ainda há tempo para ter bons resultados.

PUBLICIDADE

Concertação, dentro da União Europeia (UE), é a palavra-chave para o ministro das Finanças de Portugal. Fernando Medina falou aos jornalistas antes da reunião do Eurogrupo, segunda-feira, em Bruxelas, sobre a necessidade de se analisarem os Orçamentos de Estado para 2023 com o objetivo de travar a inflação sem criar recessão.

"Em primeiro lugar (deve haver) coordenação das políticas orçamentais entre os vários países da zona euro, mas também de coordenação entre a política orçamental e a política monetária, no sentido de elas se poderem mutuamente apoiar num caminho muito exigente: combater a inflação por um lado e, por outro, evitar que haja uma recessão no espaço da UE", disse o governante. 

"Vamos fazer a análise conjunta daquilo que cada país apresentou como a sua proposta de orçamento. As nossas apostas são bem conhecidas: temos um orçamento de apoio aos rendimentos das famílias e ao investimento por parte das empresas, mas que também prossegue um esforço de redução do défice e uma significativa redução da dívida pública", acrescentou Fernando Medina.

Conselho da UE
Ministro das Finanças na reunião do EurogrupoConselho da UE
Os diferentes programas têm ritmos diferentes na sua execução e quem conhece a execução dos fundos comunitários, dos projetos de investimento, sabe que a sua execução não é linear ao longo do tempo.
Fernando Medina
Ministro das Finanças, Portugal

No domínio mais nacional, o ministro disse compreender as recentes palavras do Presidente da República sobre a necessidade de haver uma maior execução orçamental dos fundos comumitários. Para o governante, ainda há tempo para ter um bom resultado.

"Os diferentes programas têm ritmos diferentes na sua execução e quem conhece a execução dos fundos comunitários, dos projetos de investimento, sabe que a sua execução não é linear ao longo do tempo. Não se executa o mesmo todos os anos. É preciso fazer os estudos, fazer os projetos e lençar os concursos, é preciso que tudo isso se desenvolva em obras no terreno concreto", explicou. 

"Relativamente ao Programa de Recuperação e Resiuliência, o nosso prazo de execução é até 2026 e é no sentido da plena utilização dos recursos, até 2026, que ele está a ser organizado. Portugal irá, certamente, concluir com êxito dentro desse calendário", conclui o ministro.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Inflação leva governo português a gastar 2 400 milhões de euros para ajudar as famílias

Países têm de cumprir indicadores para receber fundos de Recuperação da UE

"Operação Maestro": O que sabemos até agora sobre o novo caso de corrupção em Portugal