Apesar da condenação, faltou unanimidade, como países membros a manterem uma posição ambígua em relação à ofensiva russa
A cimeira do G20 na ilha de Bali, na Indonésia, terminou com a maioria dos membros a condenar a guerra da Rússia na Ucrânia.
No entanto, faltou consenso porque da declaração final conjunta da cimeira não consta a condenação unânime.
Austrália, Japão, Coreia do Sul, Canadá e vários países Ocidentais, incluindo os EUA e o Reino Unido, falaram a uma só voz contra a Rússia, que também faz parte do G20.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, apontou o dedo a Vladimir Putin por causa da guerra na Ucrânia e criticou a ausência do presidente russo.
"Não há uma única pessoa no mundo que não tenha sentido o impacto da guerra de Putin. (...) Os abalos económicos do descaso de Putin pela vida humana vão espalhar-se pelo mundo nos próximos anos", lamentou o primeiro-ministro britânico.
A agenda do último dia do encontro acabou por ser ensombrada pelas explosões registadas esta terça-feira em território polaco.
Da Comissão Europeia chegou uma mensagem de apoio incondicional, pela voz da presidente Ursula von der Leyen: "oferecemos todo o nosso apoio à Polónia e assistência com a investigação em curso. Permaneceremos em contacto próximo com os nossos parceiros nas próximas etapas. Apoiamos a Ucrânia o tempo que for preciso e estamos unidos."
Num sinal de compromisso com as alterações climáticas, no último dia do encontro os líderes das maiores economias do mundo plantaram árvores num mangal.
Mas o caminho em relação à meta de aquecimento global dos 1,5 °C ainda é longo.