Polícia italiana desmantela na Sicília uma rede de tráfico humano no Mediterrâneo

Barco com migrantes intercetado pelas autoridades ao largo da Tunisia no início de outubro
Barco com migrantes intercetado pelas autoridades ao largo da Tunisia no início de outubro Direitos de autor FETHI BELAID / AFP
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De  Francisco Marques
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A Operação "Mare Aperto" levou à detenção de 18 suspeitos, incluindo sete italianos, que chegavam a lucrar 70 mil euros com cada travessia clandestina

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A polícia de Caltanissetta, na ilha italiana da Sicília, desmantelou esta quinta-feira uma operação de tráfico internacional de pessoas.

Os 18 detidos, de acordo com a agência ANSA, incluem 11 tunisinos e sete italianos.

Pelo menos 12 vão ficar detidos e os restantes em prisão domiciliária. Há ainda seis suspeitos em fuga

As investigações da operação "Mare Aperto" começaram em fevereiro de 2019 depois de um barco de 10 metros ter atracado no porto de Gela, em Caltanissetta, do qual desembarcaram dezenas pessoas. A mesma embarcação havia sido utilizada dias antes no norte de África.

A rede operava entre Itália e a Tunísia, oferecendo a travessia do Mediterrâneo e a entrada clandestina na União Europeia, transportando entre 10 e 30 pessoas em cada viagem, a troco de quantias entre os três mil e os cinco mil euros por individuo.

As travessias chegavam a valer 70 mil euros aos traficantes.

Este é apenas mais um de muitos casos envolvendo migrantes, é conhecido após uma crise diplomática entre Itália e França por causa do resgate de migrantes e no mesmo dia em que, à margem de uma reunião dos ministros do Interior do G7, na Alemanha, Itália terá garantido o respeito pelas regras europeias para os migrantes.

A Alemanha também terá assegurado que irá manter o compromisso da redistribuição europeia de requerentes de asilo, que havia sido suspenso pela França por causa da Itália.

Outras fontes • Ansa

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