A ativista política que lutava pela memória das vítimas da ditadura militar na Argentina morreu, este domingo, aos 93 anos.
A Argentina decretou três dias de luto pela morte de Hebe de Bonafini, a ativista que durante quase metade da vida foia líder histórica das Mães da Praça de Maio, uma associação de mães criada para descobrir o que aconteceu aos filhos assassinados ou desaparecidos durante a ditadura militar no país, em vigor entre as décadas de 1976 e 1983.
Muitas vezes contestada por apelar à violência, Bonafini é para os apoiantes uma figura histórica nacional. Ativista política desde 1977, lutou ao longo de décadas pela memória de trinta mil desparecidos às mãos do regime militar, denunciando tanto o terrorismo da ditadura de Jorge Rafael Videla, como a cumplicidade dos governos democráticos que lhe seguiram.
Considerada pelo atual executivo como uma "incansável lutadora pelos direitos humanos", Hebe de Bonafini morreu, este domingo, aos 93 anos.