Angola assume presidência rotativa da OEACP para os próximos três anos

Penúltimo dia de encontros da Organização dos Estados de África Caraíbas e Pacífico em Luanda, primeiro da cimeira de chefes de Estado e de governo.
Angola assumiu a presidência rotativa da OEACP, esta sexta-feira, cargo que ocupará durante os próximos três anos com muitos desafios pela frente, até porque a maior parte dos Estados que compõem a organização apresentam indicadores do desenvolvimento quase sempre abaixo aceitáveis a nível internacional, como frisava o chefe de Estado angolano.
O Presidente João Lourenço frisava que agir desta forma põe em causa a resolução das "preocupações da Humanidade", ou seja, a fome, o combate à pobreza, às alterações climáticas e à "utilização e gestão sustentável dos recursos naturais".
Para este triénio Angola escolheu como bandeiras a mitigação dos efeitos das alterações climáticas, a boa governação, a transparência e a valorização da produção interna de cada país, através de parcerias com instituições internacionais. O objetivo é permitir umacesso "simplificado", dos produtos dos países da OEACP, a "mercados mais abrangentes e com tarifas preferenciais".
É o começo da presidência angolana e o fim da Cimeira da Organização dos Estados de África Caraíbas e Pacífico, que termina este sábado em Luanda.
A guerra na Ucrânia
João Lourenço aproveitou para falar sobre o conflito na Ucrânia. O presidente angolano referiu tratar-se de _"_uma guerra de proporções preocupantes e sérias consequências no plano material e humano e que encerra o risco de assumir dimensões a uma escala global", que agrava uma situação já por si delicada, vivida por todos graças aos "efeitos devastadores" da Covid-19. O chefe de Estado acrescentava que é "urgente (...) pela via do diálogo" chegar-se ao "cessar-fogo imediato e ao fim da guerra" para que se regresse à paz.