Alguns países da UE estão a ser "egoístas" no combate à crise energética, diz PM polaco

A União Europeia falhou um acordo sobre um limite para os preços do gás e a culpa, diz o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, é da teimosia de meia dúzia de países.
Em entrevista à Euronews, Morawiecki acusou alguns Estados de estarem a ser egoístas no combate à crise energética. Em causa está a resistência da Alemanha, da Áustria, dos Países Baixos, da Dinamarca, da Estónia e do Luxemburgo à criação de um mecanismo temporário de correção de mercado para evitar picos no custo do gás.
A Polónia, tal como Portugal, defende um limite de 200 euros por megawatt-hora (MWh), por três dias consecutivos, mas a proposta foi rejeitada pelo grupo de países céticos, que temem que a medida não testada coloque em causa a segurança dos abastecimentos.
Para o líder do governo polaco a solução estaria em encontrar um teto máximo para os preços do gás algures entre as expectativas de Varsóvia e as dos outros países. Mas os obstáculos apresentados, diz Morawiecki, são "preocupantes" e mostram que "ainda estamos longe de um compromisso".
A discórdia entre Estados-membros marca o início da cimeira europeia, que, esta quinta-feira, reúne em Bruxelas os 27. Na agendo do dia estão não só as questões energéticas, como também o apoio comunitário à Ucrânia face às dificuldades apresentadas pela guerra e a chegada do inverno.