63 soldados russos mortos num ataque no leste da Ucrânia

A capital da Ucrânia voltou esta manhã a ser alvo dos ataques russos com drones iranianos.
Segundo Oleksiy Kouleba, chefe da administração militar da região de Kiev, os ataques foram dirigidos contra "infra-estruturas essenciais".
Esta segunda-feira o ministério russo da Defesa anunciou ou a morte de pelo menos 63 soldados na cidade de Makïïvka, a leste de Donetsk.
O alvo foi um centro de destacamento temporário do exército russo em território ocupado pela Rússia. As forças ucranianas falam de um número mais elevado de baixas.
O exército só muito raramente comunicou as suas perdas. De acordo com o Ministério da Defesa russo, os militares foram mortos na explosão de "quatro mísseis" disparados pelos sistemas HIMARS, uma arma fornecida pelos Estados Unidos às forças ucranianas.
O ministério disse ter abatido dois dos seis mísseis disparados contra o alvo em Makïïvka.
No domingo, os meios de comunicação social russos e ucranianos começaram a relatar o ataque, afirmando que o mesmo teve lugar no sábado à noite, no início do novo ano.
Sem reclamar a responsabilidade pelo ataque, o exército ucraniano disse que o número de mortos era muito superior, com até 400 soldados mortos.
A confirmar-se, este é um dos maiores golpes no exército russo desde o início da invasão da Ucrânia.
Estes anúncios são o resultado de ataques massivos no território da Ucrânia durante o período da passagem de ano, que mataram pelo menos cinco civis ucranianos e deixaram dezenas feridos.
Pouco antes e depois da mudança para 2023 no domingo, os bombardeamentos em Kiev e sete outras regiões já tinham deixado pelo menos cinco pessoas mortas e 50 feridas, de acordo com as autoridades ucranianas.
Moscovo disse que tinha como alvo as instalações de fabrico de drones.
No centro de Kiev, um míssil rasgou a frente de um hotel na noite de Ano Novo, enquanto o chefe da polícia local, Andrey Nebitov, publicou uma fotografia no Facebook mostrando o que parecia ser os restos de um drone com as palavras "Feliz Ano Novo" escritas em russo.
A defesa aérea da Ucrânia alegou ter abatido 41 drones russos e um míssil.
O operador DTEK disse que o ataque tinha infligido "danos" à infraestrutura de abastecimento de energia elétrica de Kiev e que tinha de impor cortes de emergência como resultado.
A empresa pública nacional Ukrenergo confirmou as falhas de energia, mas disse que a situação estava "totalmente sob controlo".
O presidente Volodymyr Zelenskyy não se cansa de tentar galvanizar civis e militares. No domingo à noite dizia: "Os russos "estão a perder. Drones, mísseis e tudo o resto não os ajudará. Porque estamos juntos", acrescentado:"Eles não tirarão um único ano à Ucrânia, não tirarão a nossa independência. Não lhes vamos dar nada. Respondemos a cada ataque russo (...) em todas as nossas cidades e comunidades", afirmou.