Crise na saúde deixa 93% dos profissionais de baixa em hospital francês

Saúde francesa em crise
Saúde francesa em crise Direitos de autor Goeffroy van der Hasselt/AP
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Esgotamento físico e psicológico na origem da baixa médica para 55 dos 59 enfermeiros e auxiliares do hospital de Thionville

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As sucessivas vagas de gripe, bronquiolite e covid-19 deixaram os hospitais franceses a rebentar pelas costuras este inverno e os profissionais de saúde não são suficientes para dar conta do recado.

Perante a degradação das condições de trabalho, enfermeiros e auxiliares do hospital de Thionville, junto à fronteira com o Luxemburgo, decidiram dizer basta e 93% dos efetivos meteram baixa médica.

Restaram apenas quatro de um total de 59 funcionários, o que provocou um tempo de espera para os pacientes que pode chegar às 90 horas, ou seja, quase quatro dias.

A delegada sindical, Clarisse Mattel, justifica a medida: "Os profissionais de saúde estão de baixa porque se encontravam esgotados, física e psicologicamente. Nunca é fácil tomar uma decisão destas. É uma decisão terrível para quem trabalha no serviço de urgências de um hospital público, mas penso que não lhes restava outra alternativa face ao seu esgotamento. É sobretudo um grito do coração, um pedido de socorro ao governo."

A administração hospitalar já reagiu com a criação de doze postos de trabalho permanentes nos serviços de urgência, seis para enfermeiros, seis para auxiliares. Uma solução que não resolve um problema que se agrava no país, a falta de pessoas interessadas em trabalhar no setor da saúde.

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