Presidente da Ucrânia pede mais armas a aliados para resistir à pressão russa

Presidente da Ucrânia discursa em conferência de imprensa após a cimeira UE-Ucrânia em Kiev
Presidente da Ucrânia discursa em conferência de imprensa após a cimeira UE-Ucrânia em Kiev Direitos de autor Efrem Lukatsky/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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Volodymyr Zelenskyy também garantiu que considera a cidade de Bakhmut uma "fortaleza", que a Ucrânia continuará a lutar "o tempo que for preciso" e que "ninguém se vai render"

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Os combates pelo controlo da cidade de Bakhmut continuam no terreno, com as tropas russas a fazerem pequenos avanços e a resistência ucraniana a bloquear a capitulação.

Dezenas de civis recusam deixar as casas.

O presidente ucraniano, por outro lado, garantiu que considera a cidade uma "fortaleza", que a Ucrânia continuará a lutar "o tempo que for preciso" e que "ninguém se vai render em Bakhmut."

Perante este cenário, o Zelenskyy pediu mais armas aos aliados ocidentais.

"Se a entrega de armas for acelerada, em particular as armas de longo alcance, não só não sairemos de Bakhmut como também começaremos a desocupar o Donbass, região ocupada desde 2014."
Volodymyr Zelenskyy
Presidente da Ucrânia

O governo alemão emitiu, entretanto, uma autorização para que os fabricantes enviem tanques pesados Leopard 1 que se encontrem em stock para a Ucrânia.

Deverão chegar ao país assim que estiverem recondicionados.

"Posso confirmar (...) que a licença de exportação foi emitida", disse o porta-voz governo alemão, Steffen Hebestreit, em conferência de imprensa, esta sexta-feira.

De acordo com a revista alemã Der Spiegel, há 29 unidades dos tanques armazenadas nos depósitos dos fabricantes.

Berlim já tinha garantido à Ucrânia a entrega de 14 tanques Leopard 2 dos próprios stocks militares.

A decisão foi conhecida depois de semanas de pressão por parte de Kiev e de vários parceiros europeus.

Proprietário do grupo Wagner acusado de "crimes de guerra"

Entretanto, as autoridades ucranianas acusaram, esta sexta-feira, Yevgeny Prigozhin, de "ser responsável direto por milhares de crimes de guerra."

"Chegou o momento de acabar com os atos sangrentos dos russos, que agem ao serviço de um grupo com o nome de um compositor famoso [o alemão Richard Wagner]."
Andriy Kostin
Procurador-geral de Justiça da Ucrânia

Numa mensagem publicada na rede social Twitter, o procurador-geral de Justiça da Ucrânia acrescentou que Prigozhin "recrutou e treinou subordinados para usar no conflito da Ucrânia."

O grupo mercenário Wagner tem sido acusado de recrutar reclusos russos e ucranianos, que foram transferidos para prisões russas, para irem para a linha da frente de combate.

O oligarca russo, fundador do grupo, é um homem de confiança do presidente russo, Vladimir Putin.

A deserção do ex-comandante do grupo Andrei Medvedev para a Noruega está a ajudar vários países a obter informações privilegiadas sobre o mesmo.

Medvedev pediu asilo político e proteção internacional. Conseguiu ser alojado num centro para infratores das leis migratórias.

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