Kiev espera uma nova ofensiva russa em breve

A situação na linha da frente oriental da Ucrânia está a tornar-se cada vez mais dura. O presidente da Ucrânia, Voloymyr Zelenskyy, admitiu que a Rússia está a colocar cada vez mais tropas em combate.
Kiev aguarda que Moscovo lance uma grande ofensiva este mês, por razões "simbólicas", para assinalar o primeiro aniversário da invasão.
No domingo à noite, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, dirigiu-se ao país de forma muito determinada:
"Vemos este aumento de pressão em várias áreas da linha da frente, bem como a pressão no campo da informação. É muito difícil na região de Donetsk - há batalhas muito ferozes. Mas, por muito difícil que seja e por muita pressão que exista, temos de resistir a isso," delarou Volodymyr Zelenskyy.
Moscovo afirma que Kiev está a planear aquilo a que chama "uma provocação" de operação "bandeira falsa" em Kramatorsk.
Numa declaração, o Ministério da Defesa da Rússia diz que a Ucrânia está a conspirar para atacar as instalações médicas da cidade apenas para acusar Moscovo de cometer crimes de guerra.
À medida que as forças russas avançam gradualmente no leste, a Ucrânia continua a apelar ao ocidente para que acelere a entrega das armas prometidas. Kiev acredita que Moscovo quer capturar toda a região fortemente industrializada de Donbass - ou o sul, onde quer alargar o seu corredor terrestre para a península ocupada da Crimeia.
Num momento-chave da defesa contra a invasão da Rússia, o Chefe dos Serviços Secretos Militares da Ucrânia, o Major-general Kyrylo Budanov, vai para ministro da Defesa. A informação foi avançada, este domingo, por David Arakhamia, representante da bancada parlamentar do partido do governo ucraniano. O atual ministro da Defesa ucraniano Oleksii Reznikov, está sob pressão por um escândalo de corrupção no seu ministério.