Número de mortos dos sismos na Síria e Turquia ultrapassa os 11 mil

Terramotos na Turquia e na Síria provocaram mais de 11.200 mortos, de acordo com um novo balanço oficial. São já cerca de 8.600 mortos na Turquia e 2600 na Síria. Os esforços de salvamento no sul da Turquia e no norte da Síria estão a ser dificultados por temperaturas gélidas e estradas danificadas.
Vários países enviaram já equipas de resgate, mas a entrada de maquinaria está a revelar-se difícil com estradas bloqueadas por escombros e veículos abandonados.
Uma força operacional conjunta portuguesa, parte esta quarta-feira para a Turquia para apoiar as operações de busca e salvamento. É composta por 53 operacionais da Proteção Civil, da GNR, do Regimento Sapadores Bombeiros e do Instituto Nacional de Emergência Médica.
Estado de emergência pelo menos por três meses
O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan declarou o estado de emergência de três meses em 10 províncias afetadas, para facilitar a gestão da resposta à catástrofe.
Erdogan salienta a necessidade de "tomar medidas extraordinárias" durante o estado de emergência.
"Gostaria de lembrar [ao público em geral] que ninguém deve utilizar as estradas que conduzem à zona sísmica e dentro dela, a menos que seja obrigatório, e que não devem ser feitas chamadas telefónicas exceto para necessidades urgentes", declarou o Presidente da Turquia.
Sírios mais isolados
Embora a assistência esteja lentamente a chegar à Turquia, a logística e a política de ajuda à Síria, especialmente nas áreas vulneráveis do noroeste, são muito mais complicadas. 11 anos de guerra civil e de sanções internacionais contra o regime de Assad estão a criar obstáculos.
O grupo de Defesa Civil conhecido como Capacetes Brancos, que está mais habituado a trabalhar em edifícios bombardeados, está espalhado por toda a área atingida pelos sismos.
As suas poucas escavadoras disponíveis são deslocadas de uma cidade para a outra para responder aos inúmeros pedidos de ajuda. Os sírios dizem que se sentem abandonados.
Vinte e três milhões de pessoas estão "potencialmente em risco, incluindo cerca de cinco milhões de pessoas vulneráveis", advertiu a Organização Mundial de Saúde. A OMS tinha dito anteriormente que temia "um número de mortos oito vezes superior aos números iniciais".