Rússia, China e EUA desdobram-se em contatos bilaterais sob pano de fundo de tensões crescentes durante a cimeira do G20 em Nova Deli
O minuto de silêncio em homenagem às vítimas do terramoto na Síria e na Turquia foi um raro momento de unidade na cimeira de ministros dos negócios estrangeiros do G20 a decorrer em Nova Delhi.
O chefe da diplomacia espanhola, José Manuel Albares Bueno, toma como certo que não haverá acordo conjunto devido à posição da Rússia sobre a guerra na Ucrânia, "negando a sua ilegalidade e não ouvindo os apelos à paz".
Na sessão desta quinta-feira, o ministro russo dos negócios estrangeiros, Serguei Lavrov, reuniu-se com o seu homólogo chinês, Qin Gang.
Em discussão esteve a ajuda militar solicitada pela Rússia e que a China está relutante em fornecer assim como o plano de paz tornado público por Pequim há alguns dias e que Moscovo considerou prematuro.
O secretário de estado norte-americano, Antony Blinken, igualmente presente já declarou que não estava previsto nenhum encontro com os seus homólogos russo e chinês.
Nos últimos dias, Blinken efetuou um périplo por vários países da Ásia Central (Cazaquistão e Uzbequistão) reunindo-se em Delhi com o chefe da diplomacia brasileira, Mauro Vieira.
Na quarta-feira, Vieira esteve igualmente reunido com o chefe da diplomacia russa, que anunciou uma deslocação ao Brasil em abril.
"A experiência dos últimos anos - crise financeira, alterações climáticas, pandemia, terrorismo e guerras - mostra claramente que a governação global falhou", foi o comentário do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi que apelou à unidade para enfrentar os muitos desafios que o planeta enfrenta.