Sindicatos querem parar França esta terça-feira

Manifestantes em protesto em Paris contra a reforma das pensões
Manifestantes em protesto em Paris contra a reforma das pensões Direitos de autor ALAIN JOCARD/AFP or licensors
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A França vive mais um dia de greve geral esta terça-feira e manifestações nas principais cidades contra a reforma das pensões

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A França cumpre mais uma jornada de greve esta terça-feira, 7 de março, contra o projeto da reforma das pensões, que está a ser discutido no senado.

A "paralisação do país" é o slogan da coligação intersindical para a mobilização. Esperam-se greves maciças em muitos setores e que cerca de um milhão e meio de pessoas tomem as ruas das principais cidades do país.

Os sindicatos querem mobilizar em grande número e esperam fazer o governo ceder. Para isso, têm vindo a preparar este dia nas últimas semanas.

Nos transportes espera-se uma forte mobilização com 20% a 30% dos voos cancelados e grandes perturbações nas linhas ferroviárias e de metro.

O ministro dos Transportes, Clément Beaune, previu numa entrevista no domingo 5 de março, "um dos dias mais difíceis que alguma vez conhecemos", prevendo que "as coisas provavelmente não irão parar a 7 de março à noite ou a 8 de março nas primeiras horas da manhã".

Na educação, os pais preparam-se para inúmeras escolas ou cantinas encerradas.

Na sequência do apelo dos respetivos sindicatos, os professores voltam a estar em greve neste dia 7 de março e continuarão as suas ações no dia seguinte. "A intersindical educativa apela a greves maciças para o encerramento total de escolas, colégios, escolas secundárias e serviços.

As cinco organizações juvenis já prometeram juntar-se às oito principais organizações sindicais para bloquear o país, a fim de forçar o governo a desistir do seu projeto.

Esperam-se outro tipo de iniciativas como estaleiros parados, lojas fechadas, portagens abertas, estradas bloqueadas, assim como plataformas logísticas e zonas industriais.

No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a reforma das pensões continua a ser o mote para as manifestações. A reforma que o governo tenta impôr é considerada particularmente injusta para as mulheres. As mães de família correm o risco de ser penalizadas porque podem agora reformar-se com 62 anos com trimestres validados graças à maternidade, norma que pode vir a ser "neutralizada" com o a partida para a reforma aos 64 anos.

Os sindicatos contam mobilizar ainda mais do que no dia 31 de janeiro, quando a polícia contabilizou perto 1,3 milhões de participantes nos protestos e os sindicatos 2,5 milhões.

Por todas as redes sociais se multiplicam os apelos como estes à greve neste 7 de março.

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