O ativista político russo foi condenado a 25 anos de prisão. É acusado de trabalhar a soldo de membros da NATO contra a Rússia
União Europeia e Estados Unidos condenam a perseguição do opositor russo Vladimir Kara-Murza. O ativista recebeu esta segunda-feira a sentença de 25 anos de prisão por traição, divulgação de notícias falsas e gestão de uma organização ilegal.
A Comissão Europeia considera que este é um caso politicamente motivado.
"Isto é inaceitável. Esta é mais uma manifestação das autoridades russas sobre a má utilização política do sistema judicial para pressionar activistas, defensores dos direitos humanos e quaisquer vozes que se oponham à agressão ilegal da Rússia contra a Ucrânia," declarou o porta-voz da Comissão Europeia.
Para Peter Stano, "este chamado julgamento, além de ter motivações políticas, também não cumpriu os padrões internacionais no que toca a uma audição justa e pública por um tribunal competente, imparcial e independente".
O Reino Unido exigiu a "libertação imediata" de Kara-Mourza, que também tem nacionalidade britânica.
Uma exigência que Moscovo já veio condenar. o Kremlin considera que se trata de uma "interferência direta" de Londres "nos assuntos internos" da Rússia e "uma tentativa de pressionar o sistema judicial russo".
Vladimir Kara-Murza, é um dos mais conhecidos críticos do Kremlin. Os investigadores russos dizem que recebeu dinheiro de membros da NATO para trabalhar contra a segurança nacional.
O ativista político desmente todas as acusações.