Jovem de 15 anos era filha de um funcionário do Vaticano e desapareceu em 1983.
O desaparecimento da jovem Emanuela Orlandi, no Vaticano, em 1983, está de volta às páginas dos jornais. Passados quarenta anos, uma série documental da Netflix sobre o paradeiro da adolescente e a reabertura da investigação, declarações do irmão da vítima, levaram, este domingo, o atual Papa a sair em defesa de João Paulo II.
"Dirijo um pensamento grato à memória de São João Paulo II, que nestes dias é objeto de insinuações ofensivas e infundadas", proferiu o sumo pontífice, na Praça de São Pedro perante quem assistia à homilia.
Em causa estão as declarações de Pietro Orlandi num programa da televisão italiana, onde insinuou que o antigo líder da igreja católica tinha como prática corrente sair dos aposentos à noite com alguns bispos em busca de menores.
O irmão da jovem desparecida parece também não descartar a teoria de que Emanuela tenha sido levada para um albergue de uma instituição Católica em Londres, onde terá acabado por morrer.
Outras hipóteses levantadas ao longo das últimas quatro décadas apontam ainda para o rapto da jovem a mando de um grupo mafioso, ou mesmo por um grupo que pretendia chantagear o Vaticano para libertar Mehmet Ali Ağca, acusado de uma tentativa de assassínio do Papa João Paulo II em 1981. Até à data, nenhuma investigação foi conclusiva.